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Cibele Rocha



A ligação anexo-biblioteca ocorre pelo nicho levemente elevado, aberto para o jardim, servindo não apenas como opção de passagem, mas para contemplação e períodos de estar. O tratamento de vidro nas fachadas voltadas ao jardim, gera uma maior interação interna-externa dos usuários.


No térreo podemos encontrar a recepção e o café. Todo o acervo da biblioteca acontece no piso superior. Já no subsolo se dá uma área mais reservada, a sala multiuso e a sala escura.

Optamos por deixar o acesso segregado entre pedestres e veículos. Mantivemos o acesso original (não acessível) a esquerda do edifício e criamos uma nova circulação vertical feita por elevador que rasga a fachada do edifício.

No edifício original do IPHAN realocamos as salas de administração do mesmo para melhor conforto dos funcionários, além de fazer uma ampliação. O nicho possuí cobertura acessível que acontece a partir do edifício da biblioteca.

No edifício antigo contempla toda a área de restauro, exposição temporária e eventos. Além de um estacionamento e área de carga e descarga. No anexo está a sala climatizada e a multiuso.

Por ser uma intervenção em um edifício histórico, optamos por manter o gabarito bem próximo ao antigo, o respeitando ao máximo. Podemos observar o rasgo que o elevador faz na fachada e o nicho que liga os dois edifícios.

O edifício anexo da biblioteca possui toda a sua fachada principal com fechamento translúcido, permitindo a relação interno x externo. Além de evidenciar as circulações verticais.

Para o fechamento da fachada administrativa, optamos por material translúcido, porem adicionamos o muxarabi para ajudar com os reflexos do sol.




PROJETO ARQUITETÔNICO
Patrimonio | Iphan
O casarão eclético projetado por Ramos de Azevedo que hoje abriga o órgão de preservação cultural IPHAN, foi construído em 1908 e possui características arquitetônicas como o afastamento frontal e lateral, compartimentação de usos, porões altos e habitáveis. Dona Sebastiana, outra mulher significante para a história da região, mostrou-se aberta para novas experiências de botânica e arte. Separa-se, algo incomum para a época e permanece no casarão, casando novamente e ampliando sua residência em 1920.
A proposta inicial é a remoção da ampliação ocorrida em 1920, por não constar valor significativo e a criação de um novo anexo conectado diretamente ao IPHAN.
Referências existentes no casarão IPHAN, como o acesso lateral, o porão alto e a varanda como espaço de contemplação, foram aplicadas no novo anexo e na nova biblioteca.
O térreo do IPHAN é parcialmente aberto ao público, onde os usuários podem acessar o casarão e circular para o novo anexo, mas também encontram-se algumas salas de trabalho. Além da opção pelo IPHAN, o térreo do anexo pode ser acessado pelo elevador na fachada lateral.
No porão alto foi proposto um aumento no pé direito para melhor sensação dos usuários. Ele abriga área para exposições temporárias, eventos e banheiros, sendo de acesso público. No segundo pavimento, mantivemos as salas de trabalho do IPHAN, realocando algumas pessoas para maior conforto no novo anexo.
Já o acesso a biblioteca ocorre por uma rampa na lateral do edifício ou pelo nicho. O térreo público, contêm a recepção, os lockers, banheiros e um café, além do acesso ao primeiro pavimento e ao porão pela escada ou pelo elevador, ambas as circulações aparentes na fachada. O primeiro pavimento da biblioteca abriga o acervo e banheiros. Já o porão abriga a sala multiuso - de uso público e é acessada diretamente pela escada -, a sala escura e a sala de monitoramento - de uso privado - e banheiros, além do acesso da circulação cinza que ocorre pelo subsolo.
Ferramentas: AutoCAD e Photoshop.
Matéria: Projeto de Arquitetura - Patrimônio.
Profs.: Katia Pestana e Ralf Flôres.
Participação: Camila Martin e Letícia Ortega.
Semestre: 6º (2015).